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Empresas lutam por estagiários e trainees - 10/09/2012

Empresas lutam por estagiários e trainees

 

Receber benefícios como 13º salário, plano médico e odontológico. Ser incluído, em alguns casos, em planos de remuneração variável e ainda ter a grande possibilidade de ser contratado antes mesmo de se formar.

 

Esse é o panorama para quem ingressa em um programa de estágio, segundo indica levantamento feito pela consultoria Hay Group com 161 empresas nacionais e multinacionais. O estudo também traçou o perfil dos programas de trainee. Neles, segundo os dados, é cada vez mais comum a possibilidade de o profissional passar uma temporada em projetos fora do País.

 

"Nos programas de estágio muita coisa mudou. O estagiário já não é visto como opção para redução de custos. As empresas estão investindo na formação desses profissionais e não querem correr o risco de perdê-los", afirma o diretor da área de informações sobre remuneração do Hay Group, Olavo Chiaradia.

 

Em consequência, 86% das empresas entrevistadas disseram que a contratação do estagiário pode ocorrer antes do término do contrato ou até mesmo antes do término da graduação. "As organizações querem evitar que o profissional agarre alguma oportunidade que aparecer no final do contrato por estar em dúvida sobre seu futuro", conta. Por isso, o estagiário é efetivado como assistente e depois de formado é promovido a analista.

 

Foi o que ocorreu com a estudante de administração Thayane Fernandes. Após estagiar por dois anos no portal de recrutamento Monster, ela será contratada como assistente de marketing, cargo que ocupará até o início do ano que vem, quando será promovida a analista.

 

"Sinto-me valorizada. É bom não sentir aquele estigma de que estagiário é mão de obra descartável", diz. Ela frisa, porém, que a oportunidade também é fruto do esforço de quem não se contenta com tarefas administrativas. "Sempre quis mostrar que estava ali para pensar e para contribuir com coisas novas."

 

Chiaradia diz que a estratégia costuma ser eficaz, já que a diferença entre a bolsa mensal recebida pelo estagiário e o salário de analista costuma significar aumento de 100% nos ganhos.

 

No que diz respeito aos programas de trainee, o estudo indica que 23% deles já incluem o que o estudo classifica como "módulo internacional" - a possibilidade de o profissional passar um período trabalhando em uma unidade de negócio fora do País. Segundo a pesquisa, a quantidade de empresas que oferece essa possibilidade cresceu 3% em relação ao último estudo, de 2011.

 

Para o diretor da Hay, o resultado é reflexo da preocupação das organizações de formar melhor os jovens que estão sendo preparados para ser gerentes no futuro. "Cerca de 90% das empresas listaram questões comportamentais como fator primordial para a continuidade de um trainee na empresa, em detrimento de fatores como entrega de projetos, cumprimento de metas e fatores técnicos", afirma Chiaradia. As empresas enxergam o contato com outra cultura como um meio de desenvolver essas habilidades.

 

"Mais do que o aprendizado técnico, o que é mais forte em uma experiência como essas é a capacidade de gestão, de se adaptar e influenciar pessoas que nem o conhecem e que possuem outra cultura e, consequentemente, outro modo de trabalhar", salienta o engenheiro de produção Daniel Niggli, trainee da Whirlpool, que acaba de retornar ao Brasil após temporada de 10 meses na Itália. Sua missão foi levar o conhecimento da operação brasileira na área de vendas via internet para as unidades da empresa na Europa.

 

"O choque de culturas faz com que a pessoa tenha de se adaptar para conseguir construir relações com as pessoas. Aqui isso também é necessário. Mas temos todos a mesma cultura. Foi um grande aprendizado."

 

A mesma bagagem diz ter trazido a também engenheira de produção e trainee da Whirlpool Júlia Bothrel, que passou dois meses na unidade chinesa da empresa mapeando processos de manufatura da área de refrigeradores. "A comunicação foi a principal barreira pois ninguém falava inglês na fábrica. Mas a adaptação que precisei ter foi em relação ao modo de encarar o trabalho. Lá parecia haver um senso de urgência menor daquele que eu percebia no Brasil. Tive de modular minha abordagem, pois não adiantaria chegar crivando as pessoas de perguntas", conta Júlia. "Passei, então, a pensar mais no outro e a tentar entender o outro."

 

Tempos atrás o inglês fluente era requisito fundamental em qualquer processo de seleção de trainees. Hoje, segundo aponta o estudo feito pela Hay Group isso vem mudando de figura. Apesar de o inglês continuar sendo exigido por 62% das 161 empresas que participaram do estudo, a fluência na língua deixou de ser critério eliminatório em muitos programas. Para o diretor da área de informações sobre remuneração do Hay Group, Olavo Chiaradia, esse resultado não representa, porém, a menor importância para o domínio da língua inglesa pelo profissional. Ele explica que as empresas apenas deixaram de colocar a fluência como fator impeditivo para a inscrição de um candidato. "Isso ocorre porque falar inglês não é mais um diferencial, algo incomum, trata-se de uma habilidade que se pressupõe que o candidato tenha. Então, algumas empresas já não exigem isso logo de cara e um candidato que não fala inglês pode até avançar no processo por possuir as outras competências procuradas pela empresa. Porém, pode ser colocado em segundo plano frente a um candidato com as mesmas características e que fala inglês", frisa o especialista. Além disso, Chiaradia também alerta para o fato de que quase um quarto dos programas oferecem a possibilidade de o trainee ter uma experiência fora do País. Ou seja, quem não domina a língua fica impossibilitado de concorrer a essas oportunidades, que são o que há de mais interessante nesses programas atualmente./L.C.

 

LEANDRO COSTA - O Estado de S.Paulo

SP 09/09/2012





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